terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Dia Internacional em Memória das Vítimas do ‪Holocausto, 27 de janeiro








   A Organização das Nações Unidas consagrou o dia 27 de Janeiro, aniversário da libertação do campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, como o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Portugal juntou-se oficialmente a esta evocação através da Resolução da Assembleia da República n.º 10/2010, de 2 de fevereiro.
   O regime nazi iniciou medidas de perseguição e repressão logo após chegar ao poder, em 1933. Os alvos eram, para além dos opositores políticos, sindicalistas, homossexuais, ciganos e judeus. Ao longo dos anos trinta, a perseguição a estes dois grupos étnicos agravou-se. Com a invasão da Polónia, em 1939, a repressão estendeu-se aos mais de dois milhões de judeus que aí viviam. Seguiu-se o processo de organização da “Solução Final” da questão judaica.
   O Holocausto foi o processo de genocídio, organizado e metódico, com o objetivo de aniquilar os judeus da Europa e levado a cabo pela Alemanha nazi. Lembrar e ensinar estes acontecimentos contribuem para refletirmos sobre os perigos da indiferença às violações dos direitos humanos, ontem e hoje. Para que a Europa do arame farpado, dos muros, das vedações, das fronteiras fechadas, dos comboios e carruagens lotadas, das pessoas e famílias de malas revistadas e bens confiscados, não seja a imagem do presente ou do futuro.
   Ao relembrar as vítimas e sobreviventes, renova-se a esperança e a determinação em prevenir as atrocidades cometidas no passado recente. Não conseguimos prever o futuro, mas temos o dever de lembrar o passado, como um alerta para os perigos que a Europa enfrenta hoje.
Lembrar o passado significa aprender com os erros. Significa que podemos reescrever a história de todos aqueles e aquelas que precisam de nós, hoje e agora. Rejeitando o discurso do ódio, da xenofobia e do preconceito. Defendendo o direito universal, de viver em igualdade, sem discriminação, respeitando a dignidade e os direitos humanos.
    A Europa do século XXI tem o dever de lembrar e defender os princípios firmados nos Pós-Guerra. Lembrar que o lema da União Europeia – «Unida na Diversidade» – é hoje posto à prova.


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