Simone Veil, a antiga presidente do Parlamento Europeu e ministra da Saúde francesa, morreu esta sexta-feira, dia 30 de Junho, aos 89 anos.
Simone Veil foi uma das sobreviventes do Holocausto no campo de concentração nazi de Ravensbruck e tinha tatuado no seu braço o seu número de prisioneira (78651).
Nasceu em Nice, a 13 de Julho de 1927. Toda a sua família foi presa pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial e o seu pai, mãe e irmão morreram nos campos de concentração. Mais tarde, em 1946, casou-se com Antoine Veil, que morreu em 2013, e com quem teve três filhos.
Foi ministra da Saúde francesa, entre 1974 e 1979, e deputada ao Parlamento Europeu a partir desse ano e até 1993. Para além de ser a primeira mulher na presidência do cargo europeu, Simone Veil foi também o primeiro membro do Parlamento Europeu a ser eleito por sufrágio directo. Voltou ao seu país para integrar o governo dos últimos anos da Presidência de François Mitterrand, no qual desempenhou funções como ministra da Saúde, dos Assuntos Sociais e do Ordenamento. Até 2007, fez parte do Conselho Constitucional francês.Foi durante o seu mandato enquanto ministra da Saúde, no ano de 1975, que Simon Veil impulsionou a despenalização do aborto. A França foi um dos primeiros países europeus a despenalizar a interrupção voluntária da gravidez, seguindo-se ao Reino Unido (1967) e à Áustria (1974). Nos anos seguintes, outros países como a Itália, a Holanda e a Bélgica também legalizaram o aborto. ( in público.pt)
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